quarta-feira, 18 de julho de 2012

O coração é uma caixa


O coração é uma caixa
Uma caixa cheia de relíquias
Uma propriedade humana
Enraizada no mais intimo da alma dos homens

É verdade eu sei...
Matamos... e não comemos...
Somos orgulhosos
E arrogantes
Capazes...
Ahh... Não pode-se descrever do que já fomos capazes...

E por isso...
Por isso nos culpam os Deuses

E o que dizer se me trai a palavra

Nossa defesa não seria fácil

Mais nascemos
Crescemos
Morremos
E quantos de nós conhecemos o amor?

Tempos tristes
Quais os de hoje?
Ou os de sempre?

Nossa defesa não será fácil

Maltratamos um aos outros...
Para que não nos maltratem
Comportamo-nos como animais
E nos achamos civilizados
Cidadões de uma civilização desumana

Nossa defesa não é fácil

Mas...

Ante o portal que separa o homem da perfeição
Olhamos e vemos

Seria possível contar as atrocidade que já cometemos?
E uma resposta nos acusa:
NÃO!

E pergunto agora...
Seria possível contar os mártires?
Seria possível contar a nobreza?
Seria possível contar os homens de bom coração?
Seria possível contar a honradez de nossos povos trabalhadores e fortes?
E as lágrimas de compaixão?

O coração do homem é uma caixa
Que guarda em seu interior o terror que se enraizou
Infelizmente
Esse terror, é verdade, muitas vezes nos caracterizou.
Porém como o coração é uma caixa infinita
Ele também guarda aquilo que de mais nobre tem um ser humano

O Coração é uma célula revolucionária
De um ser que por natureza
E já não falo dos descaracterizados, tristes e enfermos de coração.
Doentes de um vírus que nos torna lobos e não homens
Um vírus que nos torna objetos não pessoas
Que nos torna robôs não pensadores.  

Todo coração é uma célula revolucionária
De um ser que por natureza
Odeia a injustiça
Ama a verdade
E abraça o bem

Todo coração é uma caixa
Que guarda dentro de si
O amor de se sacrificar por um amigo ou por um desconhecido e
O amor de viver por uma idéia
E de morrer por um irmão. 

Michel Mendes Damasceno

terça-feira, 17 de julho de 2012

VOLEMOS, AÚNQUE NUESTRAS ALAS SEAN DE PLOMO


Essa é a poesia de um grande amigo meu, militante do MST e lutador exemplar pela liberdade dos nossos povos.

VOLEMOS, AÚNQUE NUESTRAS ALAS SEAN DE PLOMO

Yo soy tú,
Tú eres yo,
Ella, él y nosotr@s,
Somos Latinoamericanos.

Los frutos de un árbol con hojas que caen y que brotan,
Las flores que colorean la noche roja y negra,
Las calles sin esquinas,
Los campos verdes,
Secos,
Desiertos.

Nacimos de las ciudades que duermen
En fondo de los mares,
Abajo  de las tierras.
Las partes del cuerpo hecho en pedazos,
Colorido de rojo, morado y gris,
En cenizas,
El cuerpo que desaparece.

Cantemos el canto de los pájaros enjaulados,
Seamos los que no fueron y no son,
Gritémonos las palabras que no fueron dichas,
Escribamos en las páginas borradas lo que se escondió,
Volemos aunque nuestras alas sean de plomo.

Con la educación,
Con las armas,
Con piedra y palo,
Con música y poesía,
Con amor y utopía.
Con lo que sea seguiremos luchando,
En las trincheras de la verdad.

Nuestra historia es de lucha.
Adelante! Juventud latinoamericana
Ningún paso atrás!
Toda una vida de lucha.




Joelson Santos –MST/PE


domingo, 15 de julho de 2012

Um dia eu gostaria que o renascer desse mundo...


Um dia eu gostaria que o renascer desse mundo...
(desabafo)

Um dia eu gostaria...
Gostaria de poder sorrir sem me preocupar
Gostaria de comer sem fazer fome
Gostaria de beber sem gerar sede
Gostaria de trabalhar sem negar o trabalho
Gostaria de respirar sem negar ar...

Gostaria um dia de poder olhar sem querer fechar os olhos
Gostaria de sorrir sem querer chorar
Gostaria de amar... Só amar, sem ter que odiar.
Gostaria de preparar o terreno pra bondade sem ter que ser mau...

Gostaria de curar sem gerar doenças
Gostaria de usar sem destruir
De construir sem destruir
De conhecer sem destruir
De avançar sem destruir
De descobrir sem destruir...

Um dia gostaria de poder casar,
ter três filho
uma casa
um cachorro
uma arvore
isso tudo, sem sentir que cada dia que tenho isso me banho no sangue dos que não tem.

Gostaria de viver sem matar
Gostaria de lembrar sem sofrer
Gostaria que a esperança fosse viva
Gostaria que o sofrer não me fizesse matar
Gostaria de justiça, de me fartar de justiça, de fartar o mundo de justiça de todo tipo tamanho e cor...

Gostaria de liberdade
Sem que a liberdade dos de aqui seja a prisão dos de lá
Ou vice versa

Ah como queria que o homem fosse irmão do homem, não seu lobo...
Como queria que esse dia fosse hoje
Só para que meus olhos pudessem ver, nem que por um só minuto.

Um só minuto vivo
Bom
Honesto &
Justo

Um só minuto em um mundo onde viver não signifique matar. 


Michel Mendes Damasceno.

terça-feira, 10 de julho de 2012

É tempo de colher!


Há momentos na história
Em que todas as vitórias
Parecem fugir da gente.
Mas vence quem não desanima
E busca em sua auto-estima
A força pra ser persistente.
O tempo passa lento
Mas também passa com ele a glória do imperador
Quem tem as mãos de construir
Terá de levantar-se e decidir
O dia de enterrar a dor
E erguer-se de todos os lugares
Para dizer que é hora de colher
Tudo o que se plantou
Gente é como água do mar
Mesmo se movendo devagar
Mostra no seu balançar
Que nunca se dobrou
Regamos o deserto da consciência
E um novo ser nasceu
É hora de ir companheiro,
Você é o guerrilheiro que a história nos deu
Regamos o deserto da consciência
E um novo ser nasceu
É hora de ir companheira,
Você é a guerrilheira que a história nos deu.

Ademar Bogo

domingo, 8 de julho de 2012

Amargo

Texto publicado dia 2/1/2008 e revisado dia 07/07/2012

Amargo

Amargai, amargai isso que de tão sutil modo lhe coroe as entranhas e esmaga-lhe a vida, amargai a dor de tua corrupção.

Amargai, amargai de fronte o espelho a enfadonha visão de tua macilenta face a definhar pelo tempo, amargai ao ver tua cútis secar pois logo no sepulcro tu vais estar.

Amargai tua inútil vida passar, amargai teu cadavérico corpo enfraquecer, teu ar acabar, a hemorragia já não podes estancar ferido de morte estás, sinta a dor chegar, tu vais morrer.

Amargai, amargai tua culpa não podes esconder, pois todo cosmo a te acusar está, e nem teus privilégios vão te salvar, nem teus truques feiticeiro estes já não iludem ninguém, nem tuas mentiras estas já não tocam ninguém, nem teu vil metal pode lhe salvar, seu destino nada pode mudar.

Amargai, cavastes sua cova com suas próprias mãos, e em teu leito de morte para choro não haverá lugar.

Amargai, o gosto da morte em tua boca, amarga teus crimes tu ai de pagar, amargai burguês teus dia está para chegar.

Pátria amada


Textos publicado dia 2/1/2008 e revisado dia 07/07/2012

 Pátria amada.

Ouviram das favelas os gritos de nada plácidos, de um povo heróico cambaleante e o sol da liberdade brilha longe, com braços fortes lutamos sob o mar da injustiça vivemos, oh pátria amada.

O teu futuro espelha a desesperança, dos filhos deste solo és luta sem fim, de pé eternamente na luta diária em nada esplêndida, se em teu formoso céu tristonho e pálido a imagem de teus filhos resplandece, gigante és pela própria natureza teus filhos na luta cotidiana, brasileiros.

Nos braços dos injustos foras jogada, deitada no colo do burguês estais prostrada e controlada por poder de poderosos foras colocada, terra de muitos, mãe gentil de poucos, ao som do mar e luz do céu profundo. Tomada estais desde 500 tomada fora em 64, dominada estais o pátria amada.

Tuas favelas tem mais sangue, nossos filhos menos vida, nossa vida no teu seio mais horrores, construída apenas pelo povo heróico de braços fortes, estes sim mãe nada gentil levantou-lhe florão da América, no suor, no sangue, na dor e no trabalho pois é isso que somos uma pátria de trabalhadores, que não tem lindos campos nem floridos bosques.

Mas teu futuro espelha a revolução e lembrem-se dominadores a pátria é nossa! Então ergam-se brasileiros, pois se ergues que a justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge a luta, nem teme quem te adora a própria morte.

E novamente ouvirão no Brasil de um povo heróico o brado retumbante:
Socialismo ou morte!

E o sol da liberdade em raios fulgidos brilhará no céu da pátria naquele instante.
Oh pátria amada! De povo heróico sejas um dia tu em fim de fato colosso.

Viva Lamarca.
Viva Marighella.
Viva Luiz Carlos Prestes.
Viva Cerveira.
Viva Zumbi.
Viva Tiradentes.
Viva Zequinha.
Viva Stuart.

Viva a todas as lutas desse povo de braços fortes.
     
 ASS: Michel M. Damasceno

No fim desta eterna busca.


Texto publicado dia 5/10/2007e revisado dia 07/07/2012

 No fim desta eterna busca.

Ser vil este ser humano, insistindo em me mostrar sua pior face, mas a despeito disso continuo a procurar sua face mais bela e vejo logo um futuro que longe não vem. Onde encontrarei está faceta humana que se esconde dentro de cada homem, no mais fundo de sua alma que seja, mais que a todo homem pertence. Esta faceta chamada amor a qual nessa tão singular busca me prostro.

Michel Mendes Damasceno

Humanos


Texto publicado dia 2/1/2008 e revisado dia 07/07/2012

Humanos

Do que você tem medo? Qual é a sua outra face? Mostre-me tua face oculta àquela que nas sombras tu guardas, e rebele-se contra seus medos. Para que sua omissão não perpetue a maldição da opressão e para que tua ação não seja a inércia do sangue do choro e da dor. Levanta-te humano tempo ainda há! Mas a cada segundo um pouco da vida se perde, levanta-te humano! Para que das conseqüência de tuas ações não se tornes tu um homem sem face e um ser dominado pelo medo de ser exatamente o que é.
 
ASS: Michel Mendes Damasceno.   

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O tribunal


Texto publicado dia 02/01/2008 e revisado dia 03/07/2012

O tribunal

Um dia, teremos todos de sentar no tribunal da verdade, onde os opressores serão os réus, seu sistema sua defesa, os oprimidos os promotores e a história o juiz. A sentença imparcial e unânime só uma poderá ser...REVOLUÇÃO!