quinta-feira, 14 de junho de 2012

Estou morrendo


Texto publicado dia 01/12/2007 e revisado dia 14/06/2012


Estou morrendo...
morro a cada vez que vejo um semelhante no relento estar
morro a cada vez que uma injustiça sou obrigado a presenciar
morro a cada vez que uma injustiça não posso evitar
Estou morrendo...
morro um pouco mais a cada dia, e a cada dia vejo a morte chegar, não para mim mas para a humanidade
morro toda vez que vejo um humano explorado ser, sem nem saber que explorado está a ser.
morro toda vez que vejo um jovem sua cabeça baixar.
morro a  cada tapa na cara...
morro a cada tiro no peito do inocente...
morro com cada inocente vítima dessa chacina intitulada nova ordem
Estou morrendo... 
morro sobre o falso signo da falsa democracia
morro junto com cada criança
ahh e são tantas...
morro com todos os famintos
morro com todos os esquecidos
morro junto com cada árvore derrubada
morro com cada camponês expulso de suas terras
morro com cada homem, mulher e criança vitimas do capital
ahh e morro tantas vezes...
estou morrendo...
morro com cada índio
morro com cada um que tomba na luta
morro com cada humano, acho que morremos todos.

Porém 
vivo!
Vivo, nos que seguem a luta
Vivo, nos que acreditam no fim da desigualdade
e que os chamem de utópicos mais vivo neles
vivo, em cada trabalhador honesto
ahh e como vivo...
vivo, em cada soldado do povo
vivo, no sonho que já não é sonho é realidade
vivo, na verdade
vivo, no futuro
vivo, na luta
porque como eu os que morrem seguem vivos para sempre nos que lutam.
e sempre vai haver os que lutam porque estamos todos juntos,
dizem que não podemos vencer ?
então se preciso for vamos mostraremos que ficaremos felizes em morrer lutando...
Porque assim viveremos para sempre. 
Michel M. Damasceno.

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